A prisão e o modus operandi
Uma mulher de 37 anos, identificada como Daniela de Aguiar Nossa, foi presa em Sepetiba, Zona Oeste do Rio, sob a acusação de fazer parte de uma quadrilha especializada em enganar turistas com o chamado “golpe do falso aluguel“. A suspeita já era conhecida pela polícia e tinha um histórico de crimes semelhantes.
De acordo com a investigação, a criminosa utilizava plataformas digitais para anunciar falsos apartamentos para temporada. Os imóveis, divulgados como bem localizados e com preços convidativos, eram apresentados com detalhes atrativos e se localizavam principalmente em bairros turísticos, como Copacabana e em Santos, na Baixada Santista, em São Paulo. As vítimas, em sua maioria turistas em busca de acomodação para as férias, faziam pagamentos antecipados via Pix ou transferência bancária. No entanto, ao chegarem aos endereços, descobriam que haviam sido enganadas.
A história de uma das vítimas
A ação que levou à prisão de Daniela começou no 2º Distrito Policial de Santos e foi apoiada pela 12ª DP (Copacabana), que já monitorava a quadrilha há cerca de três meses. Uma das vítimas procurou a polícia após ser enganada por um anúncio de um apartamento de R$ 2.800 em uma rede social. O homem entrou em contato com o perfil “Kim Cardoso” e foi direcionado a uma mulher que se identificou como Daniela.
Após a negociação, a vítima fez um pagamento de R$ 1.500 para uma conta bancária ligada à golpista. Dias depois, ao tentar pegar as chaves do imóvel, o homem foi alertado pelo porteiro de que se tratava de um golpe. A investigação, que revelou a atuação do grupo em outros estados como Natal e Manaus, onde eram encontradas contas bancárias de laranjas, resultou na apreensão de telefones, computadores e documentos na residência da suspeita.
Um histórico de crimes contra turistas
As investigações da Polícia Civil do Rio revelaram que a prisão de Daniela de Aguiar Nossa não está ligada apenas ao golpe do falso aluguel. A suspeita tinha um mandado de prisão por estelionato e é investigada por participação no famoso “golpe da Cinderela“, onde a vítima é dopada e roubada.
O delegado Ângelo Lages, titular da 12ª DP, revelou que em 2015 a suspeita havia sido presa após drogar um turista alemão em Copacabana, roubar seus pertences e tentar extorquir-lhe dinheiro. Na época, ela chegou a ser presa preventivamente, mas conseguiu responder em liberdade. Após ser condenada, Daniela fugiu da Justiça, voltando a cometer os crimes que levaram à sua nova prisão.
Conclusão
A prisão de Daniela de Aguiar Nossa representa um importante avanço no combate a golpes contra turistas, um problema que afeta a imagem de cidades turísticas como Rio de Janeiro e Santos. A recorrência de crimes da suspeita evidencia a necessidade de maior rigor no cumprimento das penas e alerta para a vulnerabilidade dos viajantes em plataformas digitais. A ação da polícia destaca a importância da cooperação entre os estados para desmantelar quadrilhas que atuam em diferentes regiões, garantindo mais segurança para quem busca desfrutar de momentos de lazer sem se tornar uma vítima.
Com informações do site: G1
