A Grécia está enfrentando uma situação crítica com a proliferação de incêndios florestais em diversas partes do país neste sábado, 26 de julho de 2025. O combate às chamas mobiliza um grande número de bombeiros e recursos, enquanto a nação mediterrânea vivencia sua terceira onda de calor do verão. A intensidade dos focos, impulsionada por altas temperaturas e ventos fortes, tem forçado a evacuação de vilas e assentamentos, colocando a segurança dos moradores em primeiro plano e gerando preocupação com o impacto sobre o meio ambiente e a economia local.
Combate às chamas próximo à capital
Em Drosopigi, uma vila localizada a aproximadamente 25 quilômetros ao norte da capital Atenas, explosões puderam ser ouvidas enquanto densas nuvens de fumaça cobriam a região. A proximidade de fábricas que armazenam materiais inflamáveis aumentou a complexidade do cenário e a urgência no combate ao fogo. Para conter as chamas, 65 bombeiros foram mobilizados, com o apoio de 26 veículos e duas aeronaves que realizam lançamentos de água. A atuação coordenada das equipes busca evitar a propagação para áreas mais densamente povoadas e industriais, mitigando os riscos de danos maiores.
Condições climáticas desfavoráveis e impacto regional
As condições meteorológicas na Grécia são um fator agravante na atual crise. Segundo informações do serviço meteorológico grego, as temperaturas neste sábado, 26 de julho, estão previstas para atingir a marca de 44°C, criando um ambiente propício para a ignição e rápida disseminação dos incêndios. A combinação de calor extremo e baixa umidade do ar torna o combate às chamas um desafio ainda maior para as equipes de emergência.
Na ilha de Eubeia, um dos locais mais afetados, 115 bombeiros e 24 veículos estão empenhados em apagar os incêndios, com o auxílio de seis aeronaves e sete helicópteros. No entanto, os ventos fortes têm dificultado significativamente os esforços de contenção, espalhando as brasas e o fogo para novas áreas. Diante da ameaça, os moradores da região de Triada, na ilha, foram orientados a se preparar para uma possível necessidade de evacuação, ressaltando a imprevisibilidade da situação.
O incêndio em Eubeia é parte de uma série de focos que têm assolado a Grécia neste mês, todos impulsionados pelas condições de ventos fortes e o tempo seco. A frequência e a intensidade desses eventos são motivo de crescente preocupação para as autoridades e para a população.
Evacuações em ilhas e vilarejos
Além de Eubeia, outras regiões do país também foram impactadas pelos incêndios e pelas ordens de evacuação. Na ilha de Citera, as autoridades implementaram a evacuação das aldeias de Aroniadika, Pitsinades e Aryoi como medida preventiva para garantir a segurança dos habitantes. De forma similar, na região de Messênia, situada a oeste de Atenas, os moradores das aldeias de Kryoneri e Sellas receberam instruções para deixar suas casas devido ao avanço das chamas.
Esses locais estavam previamente em uma lista de regiões gregas classificadas com alerta máximo para incêndios florestais, justamente em função das temperaturas recordes e dos fortes ventos que estavam previstos para o sábado, 26 de julho. A proatividade das autoridades em emitir alertas e realizar evacuações visa minimizar riscos à vida humana, mesmo diante do considerável impacto social e econômico que tais medidas acarretam.
Impacto no turismo e contexto das mudanças climáticas
O turismo é uma das principais fontes de receita da Grécia, e os incêndios florestais têm ocorrido desde o início da alta temporada de férias de verão, no início de julho. A persistência desses eventos pode impactar negativamente a indústria turística, que já lida com os desafios de recuperação pós-pandemia. A imagem de áreas turísticas afetadas por incêndios pode dissuadir visitantes, gerando perdas econômicas para o país.
A Grécia, juntamente com outros países mediterrâneos, está situada em uma área que cientistas denominaram “foco de incêndios florestais”. Essa designação reflete a ocorrência comum de incêndios durante os verões quentes e secos característicos da região. No entanto, nos últimos anos, esses incêndios têm se tornado significativamente mais destrutivos, um fenômeno amplamente atribuído às rápidas mudanças climáticas. Essa tendência tem levado a apelos crescentes por uma nova abordagem no combate e na prevenção de incêndios, incluindo investimentos em tecnologias, sistemas de alerta precoce e políticas de manejo florestal mais eficazes e adaptadas às novas realidades climáticas.
Conclusão e perspectivas futuras
A atual onda de incêndios florestais na Grécia destaca a vulnerabilidade do país às condições climáticas extremas e a urgência de estratégias de longo prazo para lidar com os efeitos das mudanças climáticas. A mobilização de recursos e a evacuação de comunidades são medidas emergenciais cruciais para proteger vidas e propriedades. Contudo, a recorrência e a intensidade desses eventos reforçam a necessidade de investimentos contínuos em prevenção, monitoramento e resposta a incêndios, bem como a implementação de políticas públicas que abordem a raiz do problema, como o desmatamento e a gestão inadequada de florestas. A capacidade da Grécia de se adaptar a esse novo cenário climático e proteger seu patrimônio natural e econômico será um desafio contínuo nos próximos anos.
Com informações do site: CNN Brasil
