A audácia de um cambista na Zona Norte do Rio de Janeiro surpreendeu as autoridades. Um homem identificado como Everton Diniz Martins Sá foi preso duas vezes no mesmo dia, em um intervalo de poucas horas, por vender passagens do BRT de forma ilegal. O criminoso utilizava um cartão de gratuidade do sistema Jaé para embarcar passageiros e lucrar com a fraude. As prisões foram realizadas por agentes do programa BRT Seguro na estação Paulo da Portela, em Madureira.
O caso, que expõe uma das modalidades de fraude no transporte público carioca, teve início por volta das 14h, após uma denúncia anônima. Os agentes da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) se dirigiram ao local e flagraram Everton em flagrante. Ele estava com R$ 66 em espécie, valor que seria o resultado da venda irregular de passagens. O criminoso foi detido e levado à 29ª Delegacia de Polícia (Madureira) para prestar depoimento, sendo liberado pouco tempo depois.
A reincidência e a prisão definitiva
O que parecia ser um desfecho rápido se tornou um caso de reincidência imediata. Poucas horas após sua liberação, Everton retornou à mesma estação e foi flagrado novamente pelos agentes do BRT Seguro. Desta vez, ele estava com um cartão Jaé de gratuidade, que era usado de forma irregular para comercializar passagens. A audácia do criminoso em voltar ao mesmo local e insistir na fraude chamou a atenção das autoridades.
Diante da nova flagrância, o caso foi registrado como estelionato, e Everton permaneceu preso. A reincidência em um período tão curto de tempo reforça a necessidade de endurecer a fiscalização e as penalidades para esse tipo de crime, que prejudica a operação do sistema de transporte público e, consequentemente, a população.
Outros casos e o combate às fraudes
O caso de Everton Diniz Martins Sá não é um fato isolado. Na mesma semana, outro cambista também foi detido em Madureira, utilizando o mesmo modus operandi para fraudar o sistema. A Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) informou que, quando uma fraude com o cartão Jaé é confirmada, o cartão é imediatamente bloqueado para evitar novas irregularidades.
O combate a esses crimes é uma prioridade para as autoridades municipais. A pasta ressaltou que os envolvidos em fraudes com o cartão Jaé podem responder por diversos crimes, como estelionato, falsidade ideológica e apropriação indébita, o que pode resultar em penas de prisão e multa.
A importância da fiscalização e da conscientização
A atuação dos agentes do BRT Seguro e a colaboração da população com denúncias são fundamentais para coibir esse tipo de fraude. A prática dos cambistas, além de ilegal, causa prejuízos ao sistema de transporte público, que impactam diretamente na qualidade do serviço oferecido à população. A venda ilegal de passagens e o uso indevido de gratuidades são crimes que afetam a todos, e a conscientização sobre o tema é crucial para que a sociedade se torne uma aliada no combate a essas irregularidades.
A prisão de Everton, que se tornou um símbolo da audácia dos cambistas, é um sinal de que as autoridades estão atentas e dispostas a agir. A fiscalização constante e a punição exemplar são a melhor forma de coibir a prática e garantir a integridade do sistema de transporte público do Rio de Janeiro, um serviço essencial para a vida de milhões de cariocas.
Com informações do site: G1
